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VEJA: Como calcular a nota do ENEM 2010?

quarta-feira, 30 de março de 2011

Professores suspendem greve e comemoram vitória

Em assembleia nesta terça-feira (29/3), na Faculdade de Medicina da UFMG, os professores da rede privada de Belo Horizonte decidiram suspender a greve, iniciada em 22 de março. A assembleia terminou em clima de emoção e comemoração. Os professores aprovaram a proposta mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em audiência na manhã desta sexta, que prevê reajuste salarial de 8%, renovação da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com retroatividade a 1o de fevereiro, e criação de uma comissão intersindical para, num prazo de 90 dias, tratar dos temas: equiparação dos pisos da educação infantil, regulamentação da educação a distância, seguro de vida, mudança da data-base e vigência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Na reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT), o sindicato patronal assumiu o compromisso de, caso a comissão não chegue a um consenso durante os 90 dias, aceitar que o órgão assuma o papel de mediador. Também foi mantida a garantia de salários por 120 dias a cada semestre – com exceção dos demitidos entre 1o e 15 de fevereiro. “A categoria respondeu de forma efetiva, deu uma aula de cidadania e está de parabéns. Houve um ganho incalculável em termos de aumento da capacidade de mobilização, de resistência e de organização.

Inúmeros professores também se conscientizaram da necessidade de se unirem e

lutarem por seus direitos. Estamos diante de um cenário de crescente conscientização e, em função de tudo isso, estaremos muito mais fortes nas próximas negociações em torno de conquistas dos professores e de uma educação de qualidade para todos”, afirmou Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas. Ele destacou que a mobilização, com greve e manifestações, fez com que o patronal "repensasse a relação com a categoria". "Com nossa força, mostramos que exigimos respeito e temos dignidade”. Durante a assembleia, os docentes agradeceram as mensagens de apoio de pais e alunos, enviadas ao sindicato. Estudantes do 3º ano do ensino médio do Colégio Marista Dom Silvério chegaram a encaminhar uma carta à direção da escola, reivindicando a valorização dos professores.


"Chama da utopia"

A categoria prestou uma homenagem a todos os que aderiram ao movimento, aplaudindo-os de pé. Foram oito dias de greve e um de paralisação, em 16 de março. “Foi uma caminhada com muitos obstáculos no caminho, mas vitoriosa”, avaliou Celina Arêas, diretora do Sinpro Minas. A paralisação atingiu parcial ou integralmente mais de 60% das principais escolas de Belo Horizonte e região, como Marista Dom Silvério, Colégio Arnaldo, Frei Orlando, Padre Eustáquio, Efigênia Vidigal, Colégio Batista, Imaculada, Libertas, Magnum (Nova Floresta), Pitágoras (Raja Gabáglia), Nossa Senhora das Dores, Pio XII, Sagrado Coração de Maria, Izabela Hendrix, São José Operário, Escola da Serra, Padre Machado, Santa Dorotéia, Uni-BH, Fumec, Newton Paiva, Universo, Rubens Romanelli, Unifem (Sete Lagoas), Curso Alfa (Divinópolis), São Francisco de Assis, entre outras.

“Vamos manter acesa a chama da utopia”, convocou um docente. “Conseguimos, nesta campanha, deixar claro que quem estava sendo intransigente o tempo todo eram os donos de escolas. Estávamos dispostos a negociar, mas eles se recusaram a entender as nossas necessidades de valorização”, afirmou um professor, após a assembleia, que lotou o auditório da Faculdade de Medicina da UFMG.

A diretoria do Sinpro Minas voltou a repudiar a pressão e as ameaças feitas aos professores e falou da necessidade de mobilização diante da emenda 45, que leva a Justiça do Trabalho a não julgar os dissídios coletivos quando não há acordo entre as partes. Com isso, muitas categorias profissionais ficam sem direitos previstos em Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs). O diretor do sindicato Aerton Silva ressaltou que a campanha reivindicatória deste ano ainda não terminou, já que a comissão intersindical precisa decidir sobre os cinco pontos pendentes.

"Na verdade, estamos apenas começando mais uma caminhada, que é longa, em torno da educação de qualidade, da valorização dos professores e contra a mercantilização da educação”, destacou. A assembleia também aprovou a criação de uma comissão para verificar as denúncias de assédio moral e substituição de professores durante a greve. Conforme o acordo com o Sinep/MG, as faltas serão abonadas e o calendário de reposição será estabelecido diretamente entre os professores e as escolas.


Trabalhadores em educação de Minas Gerais tiram indicativo de greve


Dia 19/04 acontece nova assembleia estadual


Em assembleia estadual realizada nessa terça-feira (29.03), no Pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), os/as trabalhadores/as em educação de Minas Gerais, sob a coordenação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), votaram por indicativo de greve com a deliberação de uma nova assembleia estadual para dia 19 de abril, em Ouro Preto, com paralisação total de atividades na referida data. A categoria também se manifestou referendando moções de apoio à luta dos trabalhadores de Piassu, em face da recusa do prefeito de abrir negociações; à greve dos trabalhadores/as de Betim e repúdio à política local que também se nega a negociar com a categoria e ainda persegue trabalhadores em greve; repúdio ao governo federal em face de ações truculentas no Rio de Janeiro que culminaram na prisão de três manifestantes durante a visita do presidente dos Estados Unidos ao Brasil; repúdio às ações de violência da polícia nas comunidades Camilo Torres e Irmão Dorothy e Dandara, em Belo Horizonte. De acordo com a coordenadora geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, os trabalhadores em educação aguardam uma posição do Governo do Estado que ainda não apresentou proposta de reajuste para o funcionalismo em 2011, bem como a regulamentação da jornada de 30 horas para professor. Segundo a direção do Sind-UTE/MG, cerca de 5 mil trabalhadores/as participaram da assembleia estadual, número representativo e que já demonstra a força da mobilização e a disposição da categoria de ir à luta.


sábado, 26 de março de 2011

Sind-UTE Regional promove encontro regional

Hoje, dia 26/03 às 09h00, aconteceu no Centro Cultural da Escola Estadual "Narciso de Queirós" a Assembleia Regional do Sind-UTE/MG – subsede C. Lafaiete (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) com reunião em discussão sobre o avanço em relação à pauta de reivindicações da Campanha Salarial Educacional 2011, já entregue ao Governo com 5 eixos centrais: Salário e Carreira; Vínculo (concurso e direito dos efetivados); Educação de Qualidade; Ipsemg e Previdência; e Gestão democrática.
Foram repassadas informações com o Informe nº 27 do Sind-UTE, esclarecimentos sobre o Subsídio, Lei nº 18.975/10, que incorporou benefícios dos professores como biênios, quinquênios, vale transporte (míseros R$ 30,00), entre outros assuntos.
Presidiram a reunião Sônia, Vicente e Michele. Michele Alice de Souza Oliveira, diretora financeira nos cedeu entrevista e explicou a todos os presentes como foi montada a pauta de reivindicações que já até foi passada para a Secretaria de Educação de Minas Gerais.
Para a comunidade entender, Michele informou que a reunião foi apenas pra esclarecer, pois o Sind-UTE não está falando em greve, e sim, em Assembleia Regional para ajudar os professores a se informar sobre os itens da nova lei do Subsídio.
“É importante a mobilização porque de todos ficam sabendo daquilo que está acontecendo pra que na hora que estiver acontecendo realmente uma greve, por exemplo, as pessoas não fiquem achando que isso surgiu do nada e apenas porque a gente não está querendo trabalhar. Pelo contrário, estamos fazendo isso de maneira mais amigável possível com informações sempre a medida do possível sem precisar de uma greve no momento, mas pra isso precisa do apoio da comunidade e dos professores“, explicou Michele.
No dia 29/03, próxima terça-feira, haverá uma Assembleia Estadual no Pátio da ALMG – Assembleia Legislativa de Minas Gerais – com viagem saindo de C. Lafaiete, com o telefone para contato: 3763-4421.
Informações também pelo site do sindicato
http://www.sindutemg.org.br/novosite/index.php.
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Professores continuam em greve em BH


Categoria reforça a importância de ampliar a mobilização
Em assembleia nesta sexta-feira (25/3), os professores das escolas particulares de Belo Horizonte decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado e ampliar o movimento grevista, diante da intransigência dos donos de escolas.
Nova assembleia foi marcada para terça-feira (29/3), às 15 horas, na Faculdade de Medicina da UFMG (Av. Alfredo Balena, 190 – Centro – BH), para decidir sobre a continuidade da greve.
Está agendada para segunda-feira, às 9 horas, uma manifestação em frente ao Sinep/MG (Rua Araguari, 644 - Barro Preto - BH). Uma aula pública com o tema Educação não é mercadoria será ministrada durante o ato.
O Sinpro Minas também solicitou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) a intermediação nas negociações. A reunião está marcada para terça-feira, às 10 horas.
A categoria voltou a lotar o auditório da Faculdade de Medicina da UFMG, com centenas de professores, e recusou por unanimidade a contraproposta do sindicato patronal (Sinep/MG), que prevê reajuste de apenas 7,6%, pagamento dos dias parados e criação de uma comissão intersindical para discutir, até 30 de junho, os itens: mudança de data-base, seguro de vida, regulamentação da educação a distância, equiparação dos pisos da educação infantil e vigência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Além disso, a garantia de salário não é retroativa a 1º de fevereiro e nada foi mencionado sobre a estabilidade dos que aderiram ao movimento.
A contraproposta dos donos de escolas não contemplou a proposta apresentada pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT), que prevê reajuste de 8,13%, equiparação dos pisos da educação infantil a partir de fevereiro de 2012, renovação da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) retroativa a 1º de fevereiro, com vigência de dois anos (à exceção das cláusulas econômicas), reposição das aulas paralisadas, garantia de pagamento dos dias parados e de que não haverá demissões dos docentes que participaram do movimento.
Na assembleia, os docentes reafirmaram as reivindicações já aprovadas anteriormente (reajuste de 12%, equiparação dos pisos da educação infantil, regulamentação da educação a distância, mudança da data-base para 1º de abril, entre outros pontos), mas também aprovaram a proposta apresentada pela SRT como referência mínima de negociação.
“A proposta da SRT estava distante daquilo que vínhamos reivindicando, mas a assembleia se mostrou disposta a tê-la como referência, com o objetivo de avançar nas negociações. Mas, para a nossa surpresa, os donos de escolas apresentaram uma contraproposta bem pior, com um índice menor e sem garantia em relação aos demais pontos. Deram uma prova categórica de intransigência. É uma atitude de desrespeito não só com os professores, mas também com a própria Superintendência Regional do Trabalho”, afirmou Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas.

Adesão aumenta
“O patronal está apostando na nossa divisão. Porém, nossa mobilização está forte, a adesão cresce a cada dia e é muito importante neste atual momento da campanha. Vamos resistir e mostrar que temos dignidade e queremos respeito”, ressaltou.
A paralisação, iniciada na quarta-feira, atinge integral ou parcialmente dezenas de escolas de Belo Horizonte, entre elas Marista Dom Silvério, Frei Orlando, Padre Eustáquio, Efigênia Vidigal, Colégio Batista, Imaculada, Libertas, Magnum (Nova Floresta), Nossa Senhora das Dores, Pio XII, Sagrado Coração de Maria, Izabela Hendrix, São José Operário, Escola da Serra, Padre Machado, Santa Dorotéia, Uni-BH, Fumec, Newton Paiva, Universo, Rubens Romanelli, entre outras.
Os docentes também aprovaram por unanimidade a criação, pelo Sinpro Minas, de uma comissão de ética para apurar as denúncias de que professores de algumas escolas estariam substituindo os grevistas. Caso sejam comprovadas, as irregularidades podem resultar em sanções, como suspensão ou desfiliação, além das ações jurídicas cabíveis.

Lealdade
A assembleia elogiou a coragem da categoria e cobrou lealdade dos colegas que ainda não aderiram ao movimento (
clique aqui e leia mais) . "Os professores têm uma missão muito maior que a de ensinar. A nossa profissão tem a tarefa de formar cidadãos", disse um docente.
“Paulo Freire disse que lutar pelos direitos não é só um direito dos professores, mas um dever. A melhor aula que dei nesta semana foi justamente fora da sala de aula, pois foi uma lição de cidadania”, afirmou um professor.

Afronta à dignidade docente
Durante a assembleia, professores reagiram indignados à contraproposta patronal e a classificaram como uma afronta à dignidade docente. “Não podemos aceitar esta indecência que nos apresentaram. Nossa dignidade está em jogo. Vamos para a porta das escolas e para as ruas e ampliar nosso movimento”, defendeu uma professora. “Podem me ameaçar, mas a minha dignidade não tem preço”, destacou outro docente.
O sindicato também repudiou a pressão e as ameaças feitas por diretores e donos de escolas para que a categoria não paralise as atividades e conclamou os professores a resistirem, como têm feito até o momento. “Não vamos aceitar as manobras e ameaças para nos dividir e desmobilizar. A nossa força está na união”, ressaltou Aerton Silva, diretor do Sinpro Minas.

Fonte:
http://www.sinprominas.org.br

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sexta-feira, 25 de março de 2011

Assembleia Regional dia 26/03

Amanhã, 26/03, às 09h00 aconterá Assembleia Regional do Sind-UTE/MG (subsede C. Lafaiete) no Centro Cultural da Escola Estadual "Narciso de Queirós" com reunião em discussão sobre o avanço em relação à pauta de reivindicações da Campanha Salarial Educacional 2011, já entregue ao Governo com 5 eixos centrais: Salário e Carreira; Vínculo (concurso e direito dos efetivados); Educação de Qualidade; Ipsemg e Previdência; e Gestão democrática.
O Blog Em Busca do Conhecimento e a Coluna "Canal Educação" do site "Diário de um Repórter" farão a cobertura da Assembléia.
Se informe, busque conhecimento!

terça-feira, 22 de março de 2011

Categoria particular entra em greve

Categoria entra em greve por tempo indeterminado
Em assembleia lotada, nesta terça-feira (22/3), os professores da rede privada de ensino (área de abrangência do Sinep/MG) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
Na sexta-feira (25/3), nova assembleia será realizada, às 9h, na Faculdade de Medicina da UFMG (Av. Alfredo Balena, 190 – Centro – BH), para decidir o rumo do movimento grevista.
Os docentes voltaram a recusar, por unanimidade, a contraproposta patronal e reafirmaram as reivindicações da categoria. Em breve, publicaremos mais informações sobre o movimento grevista.
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Em reportagem do dia 14/03/2011, o Sinpro Minas deu uma nota de esclarecimento à sociedade sobre a Campanha reivindicatória 2011.
Veja a íntegra da nota:

O Sinpro Minas tomou conhecimento de uma nota divulgada pelo Sinep/MG, na qual a entidade patronal expõe falsos argumentos e comete deliberados erros, com a clara intenção de confundir a sociedade e desmobilizar a categoria, e orienta as escolas a não pararem no dia 16 de março (quarta-feira).
Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que a paralisação das atividades é um direito legítimo dos trabalhadores, assegurado pela legislação trabalhista diante de impasses nas negociações. Assim, os professores, ao decidirem pela paralisação, de maneira autônoma, em hipótese alguma estariam praticando um comportamento “indesejável e aético” e “fugindo desastrosamente do seu papel de educador”, conforme afirmou o patronal.
Será que lutar por melhores condições de trabalho e vida é ser aético? Será que se acomodar, não tomar nenhuma atitude é a melhor maneira de ensinarmos aos nossos alunos o que é ser ético ou como exercer a cidadania de que tanto falamos em sala de aula e as escolas supostamente defendem? Afinal, quem está comprometendo o processo educativo: os professores ou os empresários que estão fazendo da educação uma mercadoria? Na verdade, quem impede os docentes, em muitas ocasiões, de exercerem com mais autonomia o papel de educador são as precárias condições de trabalho impostas pelos donos de escolas.
O Sinep/MG também duvida da sobrecarga de trabalho da categoria e diz que, para isso, é garantido o pagamento de 20% de adicional extraclasse (direito conquistado na Justiça no final de 1980). Na nota, o patronal afirma ainda que o Sinpro Minas se engana ao dizer que os professores, além de enfrentarem problemas de saúde e de violência no ambiente escolar, estão assumindo novas funções.
Deve ser pelo fato de não estarem em sala de aula e não assumirem os compromissos da carreira docente que os donos de escolas desconhecem a realidade da profissão e questionam a sobrecarga de trabalho.
Com o aparato tecnológico atual e as demandas da sociedade contemporânea, as atividades dos docentes aumentaram significativamente, consumindo, inclusive, finais de semana. Correção e elaboração de provas, atividades extraclasse e para a internet, preparação de aulas, material de recuperação, relatórios, lançamento de notas no diário virtual, enfim, uma quantidade de tarefas (muitas delas, inclusive, tradicionalmente eram realizadas pelos auxiliares de administração escolar) que se avolumou substancialmente nos últimos anos, mas o patronal se recusa a reconhecer e a valorizar. Tal realidade nos leva a perguntar se já não é o momento de o adicional extraclasse passar para 40% ou mais.
A respeito da violência nas instituições de ensino, fato mencionado na nota do patronal, vale lembrar que os próprios representantes de escolas reconheceram a existência do problema (o caso mais grave resultou na morte de um professor em dezembro do ano passado), conforme resultado de enquete divulgado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Portanto, o que o Sinpro Minas quer, ao iniciar a campanha em torno do tema, é que as escolas assumam suas responsabilidades e tomem medidas efetivas para combatê-la, ao invés de ficarem apenas no plano do discurso, como tem ocorrido até o momento.
O patronal falta com a verdade ao dizer que, desde as primeiras reuniões de negociação, não cogitou retirar direitos da categoria. No dia 18 de janeiro, a comissão de negociação do Sinep/MG apresentou, por escrito e assinada, uma contraproposta que previa a retirada de conquistas, alterando mais de 15 itens da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), como o adicional extraclasse, bolsas de estudo, férias coletivas, recesso escolar e representação sindical.
Somente após a firme posição da diretoria do Sinpro Minas durante as negociações é que os donos de escolas recuaram e desistiram dessa contraproposta. Mas, nas reuniões seguintes, a lógica foi, de fato, de só negociar avanços em troca da retirada de conquistas.
Conceder apenas um reajuste pelo INPC (6,53%) para quem ganha acima do piso, e de 7,5% para os que o recebem – como querem os donos de escolas –, é ignorar a atual realidade socioeconômica brasileira e não valorizar a categoria. Em 2010, o Produto Interno Bruto cresceu 7,5%, o maior percentual em mais de duas décadas, e a economia gerou 2,55 milhões de postos de trabalho, outro recorde. A previsão oficial para este ano é de continuidade da expansão, com crescimento em torno de 5%. Portanto, não há razões, sobretudo de ordem econômica, para que as reivindicações não sejam atendidas.
Se o patronal realmente quer valorizar a categoria, por que não equipara o piso da educação infantil (de 0 a 3 anos) ao do ensino fundamental e concede ganho real de 12%, já que as condições econômicas são favoráveis? E por que não regulamenta a educação a distância?
Ao contrário do que a nota divulgada tenta fazer crer, boa vontade, transparência, compromisso com a verdade e transigência não têm sido práticas comuns do Sinep/MG, o que nos leva à conclusão de que quem recorre a evasivas é o patronal, como estratégia para não assumir publicamente sua intenção – isto é, aumentar ainda mais a sua já elevada margem de lucro, num processo de mercantilização da educação.
Por repudiar essa postura do Sinep/MG, pelo comprometimento com os fatos e por entender que a luta dos professores deve ser também assumida por todos aqueles compromissados com a qualidade da educação, o Sinpro Minas reafirma a paralisação das atividades nos três turnos no dia 16 de março (quarta-feira) com realização de assembleia.
Deseja, ainda, contar com a compreensão e o apoio de toda a sociedade e reitera que as reivindicações da categoria vão ao encontro de uma educação de qualidade, com professores valorizados e alunos bem preparados.

Fonte:
http://www.sinprominas.org.br/

sexta-feira, 18 de março de 2011

Blog do Euler explica mais uma enganação contra os professores


Piso dos professores: uma história de enganação contra os educadores

A vergonhosa realidade salarial dos professores e demais educadores do Brasil vem de longa data. Disso sabemos. A luta por um piso salarial, que pudesse corrigir essa lamentável injustiça, também não é nova. Durante os anos de triste memória do desgoverno FHC já se falava em piso do magistério, que jamais saiu do discurso. Durante todo o governo Lula, igualmente, falou-se muito no piso, chegando a criar grande expectativa junto aos professores. Ainda no primeiro mandato do governo Lula falava-se em pagar um piso de R$ 1.000,00 para os professores. Isso quando o salário de um cargo em Minas, com vencimento básico e penduricalhos, esbarrava nos R$ 660,00 herdado de outro desgoverno, o de Itamar Franco.

O governo Lula acabou, o desgoverno do faráo mineiro cortou vários direitos adquiridos dos educadores, e o que se conseguiu aprovar foi uma lei vergonhosa - e o pior que a lei aprovada era melhor do que a original, encaminhada pelo MEC do ministro Haddad. A lei do piso previa, em 2008, pagamento de R$ 950,00 para o professor com ensino médio para uma jornada de trabalho de até 40 horas semanais. Aí começa a novela de se saber se piso era o equivalente ao vencimento básico ou se incluiria os penduricalhos, descaracterizando-o. Cinco desgovernadores impetraram ação no STF questionando este ponto da lei do piso - não o valor de R$ 950,00, sabidamente ridículo -, e mais a questão do terço de tempo extraclasse, fundamental para o trabalho do magistério.

O STF, que é ágil quando se trata de votar questões que interessam a elite brasileira - rapidamente concedeu habeas corpus para soltar um banqueiro preso pela Polícia Federal, além de propor robusto reajuste salarial para os ministros do próprio STF - vem enrolando em julgar o mérito da lei do piso. De imediato, e de forma liminar, aceitou o pedido dos desgovernadores de cinco estados, refletindo o desejo dos demais. Ou seja, pelas regras em vigor, de fato, o governo de Minas e a maioria dos municípios e estados pagam até mais do que o piso para o magistério. A história seria outra, se o piso fosse realmente piso e se o terço de tempo extraclasse estivesse em vigor.

Para se ter uma idéia, em Minas, pelos nossos cálculos, pela antiga tabela, os professores com curso superior deveriam receber, mesmo sem quinquênios e biênios, caso o piso fosse piso mesmo, e não teto, a soma de R$ 1.431,00. Isso com base no rebaixado valor do piso do MEC, de R$ 1.187,00 para a jornada de 40 horas semanais para o professor com formação em ensino médio. Mas, como eu cheguei a esse valor? A matemática é simples e eu explico a seguir.

O piso de R$ 1.187,00 para 40 horas, aplicado à jornada de 24 horas, resultaria em R$ 712,00 para o antigo professor PEB 1 (com ensino médio). Para o professor PEB 3 (com curso superior) este valor pularia para R$ 1.060,00. Esse valor teria que ser corrigido por duas outras "regras" legais combinadas: o terço de tempo extraclasse e o pó-de-giz vigente em Minas Gerais. Pelo terço de tempo extraclasse teríamos que receber mais duas aulas sobre o valor citado; e sobre o valor encontrado aplicar-se-ia o percentual de 20% de pó-de-giz, resultando assim em R$ 1.431,00. E sobre esse valor inicial incidiriam outras gratificações, como quinquênios e biênios (para quem os tem), ou progressões e promoções do plano de carreira antigo. Aqui em Minas, seguramente, este reajuste representaria impacto adicional superior a R$ 1 bilhão.

Mas, quem disse que governantes das três esferas estão interessadas em aprovar uma lei em favor dos educadores? E quem disse que o judiciário ficará ao lado dos trabalhadores e contra os governadores e prefeitos e o governo federal? Sim, porque, em última instância, caso os governos estaduais e municípios comprovem que não têm condições de pagar o piso, mesmo com os valores aquém do que merecemos, quem terá que complementar será o governo federal. E aí, a soma de R$ 1 bilhão de reais que o falastrão ministro do MEC diz ter reservado para este fim durante o ano de 2011, não dá nem para começar. O governo federal terá que desembolsar muito mais!!!

Por isso, não esperem grandes coisas do STF!!! Nem dos deputados, nem dos senadores, e muito menos dos governadores, dos prefeitos e da presidência da República, que infelizmente não tem dado mostras de querer cumprir a sua promessa de campanha em favor da melhoria salarial dos educadores.

Esse quadro poderia mudar se os educadores assumissem de fato o protagonismo da luta pela remuneração mais justa e pela melhoria das condições de trabalho e pela política de formação continuada. Luta essa que não pode de maneira alguma se restringir aos estados e muncípios, de forma isolada, como ela vem sendo travada até o momento. Seremos derrotados nessa luta se não conseguirmos nos unir nacionalmente para pressionar as esferas federais - governo federal, congresso e STF. E não adianta confiar essa tarefa aos dirigentes sindicais, pois eles têm seus próprios interesses partidários e pessoais. Podem até mudar de postura se perceberem que as bases estão cobrando, estão pressionando e dispostas a passar por cima daqueles que tentam frear a nossa luta. Vejam o mau exemplo do Sind-UTE: somente no dia 17, data da votação não realizada do mérito da lei do piso pelo STF, tomou a iniciativa de publicar matérias em seu site eletrônico. Por que não chamou a categoria para uma grande mobilização? Por que não pressionou a CNTE, entidade a qual é filiada e repassa mensalmente verbas arrecadadas dos associados, a fazer o mesmo em escala nacional?

Vão dizer que já se previa o adiamento do julgamento, o que é falacioso. Se houvesse pressão popular, o STF daria um jeito de julgar o assunto. Mas, não há mobilização nacional para discutir essa questão. Os dirigentes sindicais se limitam a dizer que estados e municípios não pagam o piso, o que em muitos casos é uma inverdade. Em Minas, por exemplo, pelas regras em vigor, Anastasia paga até mais do que o piso-teto de R$ 1.187 proposto pelo MEC para uma jornada de 40 horas semanais.

Portanto, camaradas, nosso blog mantém a posição: para mudarmos essa realidade precisamos organizar uma grande marcha até Brasília com paralisação nacional, para dizer para o Brasil e para o mundo que a lei do piso por enquanto permanece uma piada, uma arapuca contra os educadores. Enquanto o STF não definir que piso é piso e que os professores têm direito a um terço de tempo extraclasse, não teremos nada além daquilo que conquistarmos isoladamente em cada estado ou município. Nossa lei do subsídio é muito melhor do que o piso-teto de R$ 1.187 e 40 horas semanais do MEC.

E mais uma coisa: infelizmente, as instâncias deliberativas do sindicato, como congressos e assembléias, têm muito pouco de democracia e muito de desencontro e enrolação. A maior parte do tempo é reservado à direção sindical, para convencer a uma plenária quase sempre cansada e desiludida, do acerto de suas (da direção) posições, cabendo a quem estiver contra usar três minutos de fala, quase como um descarrego espiritual para uma dezena de lutadores. Muita gente boa nem participa mais dessas instâncias para não ter que tolerar mais do mesmo, sempre, sem qualquer possibilidade de discussão aprofundada do que se pode fazer.

Por isso, proponho que os colegas educadores procurem levar essa discussão com os colegas de base, nos locais de trabalho, em foruns menores, através de e-mails, e outros espaços, para discutir estes temas sem a paixão partidária e eleitoreira. O nosso blog não quer formar nenhuma oposição sindical, mas estimular o debate autônomo, para que formemos um forte movimento em favor dos nossos interesses de classe. Com o apoio das entidades, se possível. Contra elas, se necessário. Nossa realidade deve ser dita de forma clara: não temos piso salarial. E caso o STF aprove o piso como teto e casse o terço de tempo extraclasse devemos declarar publicamente que esta porcaria não nos interessa, e partir para outras referências. Mas, em qualquer hipótese, sempre, só a nossa união e a luta farão a diferença.

Fonte: Blog do Euler

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Espetáculo no céu com a Super Lua

No dia de amanhã, sábado (19 de março), mais exatamente das 17:00 às 20:00 horas iremos ver mais um espetáculo no céu.
O mundo está prestes a presenciar a aparição da maior lua cheia das duas últimas décadas. Este satélite natural vai chegar ao ponto mais próximo da Terra.
No dia 19 de março, a lua cheia vai aparecer mais exuberante do que o usual na noite celeste, quando ela atinge o Perigeu Lunar.
Não se decepcionem se a "Super Lua" for muito parecida com a Lua que estamos acostumados a ver... Afinal, se a diferença fosse tão notável, seria motivo para grandes preocupações, e não para uma inocente contemplação.
Resta torcer para não estar nublado, na sua cidade.
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sábado, 12 de março de 2011

Usina nuclear de Fukushima explode no Japão após tsunami

O Porta-voz do Governo Japonês, Yukio Edano, confirmou neste sábado que houve uma explosão e um vazamento radioativo na usina nuclear Fukushima Daiichi, em Okumamachi na província de Fukushima. O local onde fica a Usina foi um dos mais afetados pelo terremoto de 8,9 que foi seguido de enormes tsunamis que invadiram a costa do Japão. A área em torno da Usina tem um isolamento num raio de 10 quilômetros.
VEJA O VÍDEO:

A explosão foi ouvida antes e após mais uma forte réplica do Terremoto, a fumaça branca podia ser vista na área. Segundo Kyodo os feridos deste acidente estavam trabalhando para lidar com os problemas causados pelo tremor. O Canal Japonês NHK aconselhou aos japoneses que permaneçam em casa e fechem as Janelas em um perímetro maior que 10 km da região onde fica a Usina, e que também evitem tomar água da torneira.
A Agência Japonesa de Segurança Nuclear e Industrial descartou a possibilidade de que o contêiner do reator nuclear da planta de Fukushima Nº1 onde surgiu a explosão tenha sofrido sérios danos. ”Precisamos saber, agora, o que explodiu: se foi o recinto de confinamento, a configuração do caso é a mesma de Chernobyl”, disse à France Presse Stéphane Lhomme, da organização Observatório Nuclear.
A maioria da energia do Japão provêm da energia nuclear, o que dificulta ainda mais a situação das pessoas que em casa não tem energia.
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Incorporo o comentário de nosso visitante Márcio:

Quando ocorreu o acidente nuclear em Chernobyl, havia o interesse político e ideológico do Ocidente em divulgar o máximo de informações sobre o que ocorria no país líder do mundo socialista. O acidente em Chernobyl (realmente uma catastrofe irresponsável) demonstrava a decadência e a incompetência soviética – e contribuiu para o fim da URSS.Mas agora em Fukushima, parece que o interesse é inverso: não informar adequadamente a população japonesa e mundial sobre o que está realmente ocorrendo. Este acidente é mais sério do que está sendo divulgado pelo governo japonês e pelos órgãos internacionais de energia atômica.Anunciaram ontém que houve liberação de césio (entre outras substâncias radioativas) na atmosfera. Este vazamento foi devido a avaria, exposição e derretimento do núcleo do reator, pois se o reator estivesse intacto não teria escapado este tipo de material radioativo. A explosão na usina de Fukushima liberou este material radioativo na atmosfera em quantidade não divulgada - falam apenas que foi pouco. Se estão tentando resfriar um reator (que foi desligado no momento do terremoto) é pelo fato de não conseguirem desligá-lo adequadamente. O processo de fissão nuclear não teria sido totalmente interrompido e assim estaria descontrolado gerando aquecimento crescente e desgovernado. Medidas emergenciais (utilizar água do mar) para refrigerar o reator demonstra isso e o grau crítico da emergência. A coisa é séria, muito séria, mais séria do que estão divulgando. O acidente é maior do que está sendo divulgado pelas autoridades japonesas.Quando o assunto é acidente nuclear, as coisas sempre são piores do que as autoridades divulgam. O histórico destes tipos de acidentes comprovam isso.Loucura e irresponsabilidade completa (no caso do governo do Japão, mas também de outros países que fazem o mesmo) em construir usinas nucleares em regiões de riscos sísmicos. Uma usina nuclear já é perigosa em terreno estável geologicamente. Em regiões instáveis geologicamente é completa loucura e irresponsabilidade. No Japão as usinas são bem construídas, mas falhas aconteceram com certeza, pois agora o governo japonês anuncia problemas também com as usinas de Onagawa e Tokai (além de Fukushima).

Depois do Carnaval começa a CF'2011

Depois das festividades de carnaval, iniciou na quarta-feira de cinzas (09) a CF’2011 que abordará esse ano o Meio Ambiente.
O tema escolhido "Fraternidade e a Vida no Planeta", e o lema “A criação geme em dores de parto” e tem o objetivo de colocar em discussão temas como mudanças climáticas, efeito estufa, a questão energética, desenvolvimento, preservação da Amazônia, agronegócio, biodiversidade e a água.
De acordo com o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, a escolha do tema não guarda relação com o destaque que a questão ambiental tomou durante o período de campanha eleitoral no Brasil. “Este tema foi escolhido há dois anos. O que eu acredito é que é um tema atual. É uma agenda que está na ordem do dia não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, disse.
A Campanha da Fraternidade se estende por toda a Quaresma e o gesto concreto se expressa na coleta da solidariedade, realizada no Domingo de Ramos. É realizada em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs católicas e ecumênicas. A destinação é a seguinte: 45% para a própria paróquia aplicar em programas de promoção humana; 35% para a Diocese aplicar na mesma finalidade; 10% para a CNBB Regional e 10% para a CNBB Nacional.

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