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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Crise Ambiental ou Crise Civilizatória?

A questão ambiental – isto é, o conjunto de temáticas relativas não só à proteção da vida no planeta, mas também à melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida das comunidades – compõe a lista dos temas de relevância internacional.
É nesse contexto que se iniciam as grandes reuniões mundiais sobre o tema (A primeira conferência internacional promovida pela Organização das Nações Unidas – ONU – foi a de Estocolmo, em 1972. e a segunda foi no Rio de Janeiro, em 1992, a Rio/92), em que se formaliza a dimensão internacional das questões relacionadas ao meio ambiente, o que leva os países a se posicionarem quanto a decisões ambientais de alcance mundial.
O termo “meio ambiente” tem sido utilizado para indicar um “espaço” – com seus componentes bióticos e abióticos (são os componentes de um ecossistema. Componentes bióticos são seres vivos: animais – inclusive o homem –, vegetais, fungos, protozoários e bactérias, bem como as substâncias que os compõem ou são gerados por eles. Componentes abióticos são aqueles não-vivos: água, gases atmosféricos, sais minerais e todos os tipos de radiação) e suas interações – em que um ser vive e se desenvolve, trocando energia e interagindo com ele, sendo transformado e transformando-o. No caso do ser humano, ao espaço físico e biológico soma-se o “espaço” sociocultural.
Para que a ideia de incorporar a abordagem das questões ambientais e a valorização da vida na prática educacional se transformasse numa realidade, várias iniciativas foram tomadas por organizações governamentais e não-governamentais sensibilizadas pelo tema.
Em 1968, a UNESCO realizou um estudo comparativo, respondido por 79 países, sobre o trabalho desenvolvido pelas escolas com relação ao meio ambiente. Nesse trabalho, formularam-se proposições que depois seriam aceitas internacionalmente, tais como: a Educação Ambiental não deve constituir uma disciplina; e por “ambiente” entende-se não apenas o entorno físico, mas também os aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos inter-relacionados.
Em 1972, na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, estabeleceram-se o “Plano de Ação Mundial” e a “Declaração sobre o Ambiente Humano” (orientação aos governos). Foi nessa conferência que se definiu, pela primeira vez, a importância da ação educativa nas questões ambientais, o que gerou o primeiro “Programa Internacional de Educação Ambiental”, consolidado em 1975 pela Conferência de Belgrado.
Em 1977, na Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental de Tbilisi (na ex-URSS, Geórgia), definiram-se os objetivos da Educação Ambiental e o ensino formal foi indicado como um dos eixos fundamentais para se conseguir atingi-los. Nessa conferência definiu-se a Educação Ambiental como “uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente através de enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade”.
Em 1987, na Conferência Internacional sobre Educação e Formação Ambiental, realizada em Moscou e convocada pela Unesco, concluiu-se pela necessidade de se introduzir a Educação Ambiental nos sistemas educativos dos países.
Na Conferência Rio/92 aprovou-se, entre outros documentos, a “Agenda 21”, que reúne propostas de ação para os países e os povos em geral, bem como estratégias para que essas ações possam ser cumpridas. Em complementação a essa agenda, os países da América Latina e do Caribe apresentaram a “Nossa Agenda”, com as prioridades para esses países. E os governos locais apresentaram a “Agenda Local”. Em todos esses documentos – importantes referências para governantes e educadores nesse final de século passado – tanto a Educação Ambiental quanto as ações educativas, de informação e comunicação em geral, foram das mais requeridas.Durante a Conferência Rio/92, reuniu-se o Fórum Global do qual participaram todos os representantes não-governamentais (das ONG’s, movimentos sociais, sindicatos, etc.). Um dos resultados do Fórum Global foram os Tratados, um para cada esfera de atuação, discutidos e firmados pelos milhares de representantes presentes, das mais variadas regiões do mundo. Todos eles mencionavam, dentre seus objetivos ou estratégias mais importantes, a conscientização e a Educação Ambiental dirigidas desde aos técnicos, profissionais e políticos, até ao cidadão em geral, especialmente às crianças. Um dos tratados foi exclusivamente sobre Educação Ambiental: o “Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global”.

2 comentários:

  1. Acredito que a crise ambiental é tambem uma crise civilizatoria, ambas estao ligadas,visto que os problemas relacionados ao meio ambiente sao consequencias, tambem das relaçãoes humanas, ou seja a degradação social leva, necessariamente à degradação do meio natural. Exemplo claro sao os deslizamentos em favelas no Brasil; se tivessemos uma sociedade em que nao imperasse a desigualdade e a exclusão , nao teriamos uma grande quantidade de pessoas ocupando areas improprias para moradia. Se nossa sociedade capitalista nao pregasse tanto o consumo nao teriamos tanta pressao sob os recursos naturais. Acredito que além de educação ambiental, se discutisse tambem a educação social......

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