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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A bizarra magia do Natal e a Revolução Tecnológica

Artigo escrito em 30 de novembro de 2007.

Quando está perto para comemorar uma data importante no calendário civil, o comércio se movimenta e com a chegada das festas de final de ano não é diferente, ao contrário é bem pior, nós tratamos de uma situação baseada no consumismo e no ato de vender. Além do comércio mundial ter inventado o coelhinho da páscoa para “esconder” todos os acontecimentos religiosos da semana santa e ainda por cima seduzir as pessoas com os ovos de chocolate ou as caixas de bombons, praticamente conseguiu no domingo da ressurreição substituir essas guloseimas pelo Cristo Ressuscitado o que é um descrédito.
Depois disso, temos a figura do Papai Noel que entra nos meses de novembro e dezembro (estendendo às vezes até janeiro) e atraem várias pessoas às compras. Neste caso, o espírito natalino é de simplesmente dar presentes pela questão do consumismo e não dar presentes no sentido que fez os três reis magos presenteando alguém que nem tinha um lugar pra nascer, pois Maria e José procuraram um lugar e não conseguiram, apenas acharam uma estalagem com uma manjedoura e assim o menino Jesus pode vir ao mundo. Não se questiona a figura do Papai Noel, seja ele um ser real que teve sua existência na Terra ou um ser fictício do comércio que realmente não existiu, todavia sua caridade era de dar aos pobres e ajudar pessoas carentes e não apenas o significado de presentear.
É interessante como a Revolução Tecnológica ocorrida nos últimos anos criou paradigmas inusitados na vida de todo mundo. Segundo ela, os computadores eliminariam ou, pelo menos, diminuiriam a utilização do papel – daí criaram as impressoras e multifuncionais; a Internet diminuiria as ligações telefônicas e a informática eliminaria a necessidade de escrever cartas – daí criaram o e-mail. Ledo engano! A comercialização de celulares não inibiu o desenvolvimento da telefonia fixa e bastou a privatização do setor de telecomunicações que orelhões fossem instalados pelos vários locais no Brasil e até em lugares que não tinham telefones públicos.
Um engano da modernidade é o celular, que as pessoas já não atendem ao telefone pelo “alô” e dizem “oi”. O celular deixou de ser apenas um aparelho de ligações telefônicas. Hoje, com a variedade de opcionais, o celular virou câmera fotográfica, filmadora, rádio, MP3, além de outras coisas. Só chama na hora errada e, geralmente, quando precisamos dele, a bateria descarregou, sem contar que a primeira coisa que a pessoa fala no celular depois do “oi” é “onde você está?”.
Pra aproveitar a oportunidade de fim de ano, chega o reveillon onde nasce um ano novo e todo mundo promete várias coisas que não conseguem realizar, como aquela história “ano que vem, eu entro na academia” ou “ano que vem, eu paro de beber” e ainda “ano que vem, eu vou estudar”. O celular tirou a atenção dos estudantes nas escolas, mesmo silencioso, vibra e jovens param de prestar atenção na aula pra atender, às vezes na cara do professor, e depois aquela explicação fica comprometida pelo simples fato de toda hora mexer no celular ou simplesmente ficar com ele na mão. Depois, quem fica na mão foi quem não estava prestando atenção na aula. Para terminar a Revolução Tecnológica criou no mês de janeiro as promoções com 12 vezes sem juros e pagamentos depois do carnaval (quando na verdade começa o ano novo no Brasil) e o telespectador do Big Brother Brasil que no escritório no dia seguinte, vem se defendendo com um ar de inteligência falando assim: “Vê lá se eu perco tempo com essas bobagens?” O pior de tudo é acreditar, não nessa história, e sim, que os criminosos pelo Brasil a fora tem no seu coração o espírito natalino, mesmo porque no dia seguinte estão cometendo crimes bárbaros.

Artigo elaborado baseado no texto “Enganos da Modernidade” do colunista da Revista Estado de Minas Economia, Jorge Fernando dos Santos, de junho de 2002 (página 58) e principalmente para refletir o comércio natalino, desejando a todos um feliz natal e um próspero ano novo.

Fonte: Artigo escrito em 30 de novembro de 2007.

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